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Atrações da primeira noite encantam público na abertura do Femupe

Show principal com Samuel Pompeo Quinteto foi antecedido pela banda de pífano Esquenta Muié e pela Filarmônica Sociedade Musical Penedense

Sandra Peixoto – jornalista / Fotos Roberta Brito

25 de outubro de 2024

Os acordes do pífano da banda Esquenta Muié, de Marechal Deodoro, ecoaram nas escadarias do Teatro Setede Setembro, abrindo oficialmente, na noite dequinta-feira (24), a 15ªedição do Festival de Música de Penedo. Resultado da união da Universidade Federal de Alagoas, da Prefeitura de Penedo, do Sesc Alagoas e de vários outros parceiros, o evento transforma a cidade ribeirinha em referência na formação e na produção musical. A atração principal da noite teve foiSamuel Pompeo Quinteto, mas também teve a banda de pífano Esquenta Muié e Filarmônica Sociedade Musical Penedense.

 

É o terceiro ano que a banda Esquenta Muié participa da festa, trazendo um repertório pensado para envolver o público. "Para a gente, é uma grande alegria fazer parte dessa festa maravilhosa. A gente já estava ensaiando o repertório para mostrar o nosso arranjo e as nossas músicas para o público todo cantar e se alegrar", afirmou Luciel Santos, maestro, acrescentando que uma música que não pode faltar nas apresentações é a Feira de Mangaio, eternizada na voz de Clara Nunes. Para ele, participar do Festival é fundamental não apenas para manter a tradição da banda, que tem 46 anos, como também para manter a cultura viva.

 

Enquanto a banda de pífanos tocava os últimos acordes da noite, a Filarmônica Sociedade Musical Penedense descia a ladeira da Avenida Floriano Peixoto, promovendo o primeiro encontro dentre muitos que irão acontecer até o encerramento do evento, amanhã (26). Em meio aos músicos, um fazia sua primeira participação no Festival: Victor Gabriel, de 11 anos, o mais jovem na composição da banda. Tocando sax, ele cresceu em meio a partituras, pois é filho do maestro Wellington Mota, mas só este ano iniciou nos estudos.

 

Apesar da timidez, a vontade de tocar faz Gabriel encarar o público. Para ele, que gosta de todos os estilos, tocar seguindo as partituras é fácil. Sobresua participação no Festival, a resposta é direta, mas carregada de significado: "Eu achei muito bom", disse ao afirmar que pretende se profissionalizar como músico.

 

Música para ser sentida

 

Na festa democrática da música, o show principal da noite foi com o grupo paulista Samuel Pompeo Quinteto. Com um trabalho autoral influenciado pelo Jazz e pelo Choro, Samuel trouxe uma apresentação para ser sentida. E não seria diferente para um músico que defende que é preciso quebrar a ideia de que a música instrumental só é compreendida por um público erudito. Por isso, a importância do Festival no processo de democratização musical.

 

"Esse tipo de festival abre para a população a possibilidade de apreciar esse tipo de música, além de formar uma nova geração de músicos. É mostrar que as pessoas têm uma grande variedade, um campo enorme na arte que elas podem usufruir. Para mim, tem muito essa questão de tirar da música instrumental, não o valor dela, mas esse peso, tornando-a acessível", ressaltou Samuel.

 

Enquanto ele falava, o som do pífano ainda ecoava, o que o fez complementar. "É uma riqueza cultural. As pessoas, especialmente aqui no Nordeste, sabem apreciar isso. Não tem uma única palavra sendo dita ali, mas as pessoas estão sentindo; é uma música alegre. E é isso, música instrumental é para ser sentida", reforçou.

 

O sentir faz com que as pessoas se encantem. Em meio ao público, Eduardo Regueira filmava a chegada da banda. Morando em Recife, o penedense sempre retorna à cidade para prestigiar os festivais. "Sempre prestigio tudo da minha cidade. Inclusive, vou participar do workshop de contrabaixo. Eu acho que o que o professor Marcos [Moreira, coordenador-geral do Femupe] está fazendo é uma coisa fantástica. Eu acho que não tem volta, é daí para frente", disse.

 

Sérgio Faullas conheceu o Festival na edição passada. Assim que viu a divulgação deste ano, o maceioense que passou no curso de Educação Musical, do laboratório de violino da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) já se programou. “Vou fazer a oficina com a Deborah Borges e a expectativa é alta. Eu estou começando na música, mas já estou mesentindo o próprio violinista, já super mergulhado”, falou.

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