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Com presença do embaixador Luís Faro, Música nas Igrejas celebra comunhão entre Portugal e o Nordeste brasileiro

Momento fez parte da programação do Festival de Música de Penedo, que reforçou a importância da união diplomática e cultural para a difusão da arte feita no município e em Alagoas

Jamerson Soares – jornalista / Fotos Renner Boldrino eRoberta Brito

30 de outubro de 2025

A música clássica portuguesa e europeia inundou, no último sábado (25), o salão da Igreja Santa Maria dos Anjos, em Penedo, estreitando ainda mais a relação entre Portugal e Brasil, sob a junção de instrumentais nordestinos e da era barroca. O momento fez parte da programação do Festival de Música de Penedo, que reforçou, durante esses três dias de festa, a importância da união diplomática e cultural para a difusão da arte feita no município e em Alagoas.

 

A solenidade do projeto Música nas Igrejas começou por volta das 17h, com a presença do grupo Iberian Ensemble (Portugal) e a Orquestra do Femupe, regida por Catarine Araújo e composta por visitantes e estudantes de música que participaram das ações educativas do Festival. Também estavam presentes o coordenador do evento, Marcos Moreira, o embaixador de Portugal no Brasil, Luís Faro Ramos, além de docentes e discentes da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

 

O Iberian Ensemble é composto por Alexandre Andrade, flautista português; Joel Barbosa, músico brasileiro que estava utilizando três tipos de clarinete (barroca, moderna e a chalumeau); e José Maurício Brandão, que é professor da Universidade Federal de Bahia (UFBA) há 15 anos e estava no teclado. O moderno e o antigo se mesclaram na ocasião, dando ênfase para o cenário religioso.

 

Marcos Moreira aproveitou o momento de confraternização e de fala e agradeceu aos músicos e grupos presentes no local.

"Queria agradecer à orquestra e a presença de todos. A gente começou a ter essa possibilidade de ter grupos que surgiram do festival, e para mim é uma alegria. Queria também agradecer a presença do embaixador de Portugal no Brasil. É um orgulho estar junto nessa reação e mostrar essa aliança que sempre tivemos. Agradeço à UFBA de ter tido a possibilidade de ter dois professores aqui, com a participação de Alexandre Andrade, de Santa Maria da Feira. Eles estão vendo o feito de doutoramento deste aluno que vos fala, que é professor universitário e luta pela acessibilidade e universalidade da música", destacou o coordenador-geral do Femupe.

 

O músico e professor José Maurício explicou que a motivação do repertório usual utilizado para tocar na igreja foi a historicidade que cada composição carrega. Havia repertório de barroco francês, barroco alemão e música portuguesa.

"O que acabamos de fazer foi um exercicío da perseverança de viver o momento presente, do manter das atividades que precisam ser feitas para o melhor bem da cultura brasileira", disse o professor.

 

Para o pianista Saulo Gama, que estava na plateia prestigiando o show, o concerto foi um momento que proporcionou o sabor da música antiga em um espaço propício e colonial.

 

"Foi uma junção maravilhosa. A gente pôde apreciar a qualidade dos instrumentos antigos que foram apresentados aqui, como a clarineta barroca, o travesso, flauta de madeira, entre outros. Foi um repertório de época que permitiu essa experiência singular que é vivenciar música antiga em um ambiente antigo. Isso enriquece muito a proposta do festival, é uma viagem no tempo, uma experiência muito rica", concluiu.

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