Conferência sobre projetos de bandas e retretas de filarmônicas movimentou a 15ª Jornada Pedagógica
Marcelo Jardim apresentou projetos que compõem o programa Arte Programa de Toda Gente
Jamerson Soares – jornalista
29 de outubro de 2024
A 15ª Jornada Pedagógica para Músicos de Banda e o 12º Fórum de Maestros aconteceram no sábado (26), terceiro e último dia de Festival de Música de Penedo (Femupe), no Teatro Sete de Setembro. A conferência especial ficou por conta do professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Marcelo Jardim.
Na ocasião, o professor apresentou diversos projetos governamentais sobre bandas de músicas no Brasil que compõem o programa Arte Programa de Toda Gente, fruto da parceria entre a Fundação Nacional de Artes (Funarte) e a UFRJ. Marcelo começou falando sobre sua experiência de vida e trajetória profissional, que desde pequeno se interessou pela área da música e seus fundamentos.
Ele também explicou o que é cada projeto criado a partir desse programa e seus objetivos, como o Bossa Criativa - arte de toda gente; Um Novo Olhar; Arte Circuito; Projeto de Bandas; Bienal de Música Brasileira; e demais trabalhos, que são pontes para a manutenção e preservação das bandas tradicionais brasileiras de música, como as fanfarras.
"A gente vai percebendo que o fomento é o que mantém a estrutura viva, porque, senão, ela passa a ser uma peça colocada no ostracismo cultural. Então a gente tem que trazer essa nova cultura para que a arte se estabeleça. O processo cultural é importante porque a cultura não é arte em si, a cultura é saber valorizar, por exemplo, uma igreja e saber a história daquela igreja, o papel que ela teve na sociedade", declarou Jardim.
Marcelo também mostrou como funciona o site do programa e de que forma os estudantes e maestros podem acessá-lo para se cadastrar em um curso on-line, por exemplo. Além disso, o professor citou conceitos como pluralidade, repertório, inclusão na música e a cultura popular, que são a base dos projetos.
O professor destacou que as bandas de música ensinam muito, são uma escola de vida. Mas ele também descartou a relevância da academia na comunidade. "Vejo que essa conexão favorece. Aproxima a academia do povo, a academia é uma ferramenta de análise da sociedade, de processos e práticas. A gente deve ver isso e usar as ferramentas em prol de melhores processos e, principalmente, mecanismos de acesso: esse é o resultado que a gente espera no final", concluiu.