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Noite da Música Brasileira lota teatro e conquista o público

Quatro atrações fizeram a festa dos penedenses e turistas que visitavam a cidade

Sandra Peixoto – jornalista / Fotos Roberta Brito

28 de outubro de 2024

A Noite da Música Brasileira não podia ter sido mais marcante do que iniciar ao som de Aquarela do Brasil, de João Gilberto, cantada pela voz potente de Ana Gal, que integra Sexteto Rony Ferreira. O grupo abriu o show de encerramento da segunda noite do 15º Festival de Música de Penedo (Femupe), que também teve como atrações o talento de Ricardo Lopes e trio, com Félix Baigon e Carlos Bala, de Alagoas; Jimmi Oliver, de Minas Gerais; e do Laboratório de Performance Musical ou LP Musical, coordenado pelo professor Milson Fireman, do curso de Música da Universidade Federal de Alagoas.

 

A música popular brasileira com arranjos passeando por outras vertentes, como jazz e blues, tomou conta do Teatro Sete de Setembro e empolgou o público, que retribuiu com muitos aplausos. E como alegria é contagiante, no show de Jimmi Oliver um improviso artístico levou ao palco músicos que já haviam se apresentado na mesma noite, dando um peso especial ao talento do músico mineiro. Aí o público foi ao delírio!

 

Quando foi convidado a participar do Femupe, Jimmi tinha acabado de lançar seu primeiro disco, o Face to Face, cuja concepção transfere para os acordes os momentos da internação dele no período da pandemia de covid 19. Como celebração à vida, finalizou sua apresentação com uma música em agradecimento a Deus, e reforçou a gratidão pelo convite para participar do evento e a parceria musical que surgiu nos bastidores. “Saio daqui não com colegas, mas com amigos; uma galera maravilhosa. Com esses caras tocando não dá muita nem de tocar, gente”, brincou.

 

Numa noite de surpresas, o solo de Carlos Alberto Gomes, o Carlos Bala, mostrou porque o baterista é conhecido nacional e internacionalmente. Sobre a participação no Festival e da homenagem que recebeu na solenidade de abertura, Carlos Bala falou da emoção de estar junto com a turma musical e se apresentando também. “Eu saí daqui [Alagoas] em 1973 e, em um evento como esse, depois da abertura do festival, eu fiquei sabendo o peso enorme que isso está tendo no Brasil e no mundo. Ideia sensacional, levando a cultura da cidade de Penedo para a França e Portugal. Isso me deixa muito feliz em participar de um Festival dessa magnitude”, disse.

 

Participando do Festival desde que era colóquio, o trombonista e maestro Rony Ferreira preparou um show repleto de diversidades do universo musical e, como antes de sua apresentação houve uma mostra autoral, deixou um conselho para os músicos que estão iniciando a carreira. “Tem que ter muita dedicação, mergulhar no mundo da música, fazer muitas pesquisas e encontrar sua identidade, o seu caminho. Eu acho que isso é o principal. O foco de todos os artistas, eu acho, é o último degrau que todo artista busca na sua carreira”, aconselhou.

 

Apoio de amigos e familiares

 

A energia da música também fortalece os vínculos familiares e a amizade. Em meio ao público, pessoas que inicialmente vieram para prestigiar os talentos de parentes e amigos, acabaram admiradas com a dinâmica do Femupe. Uma delas foi Lilis Moralez, mãe do professor de percussão da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Augusto Moralez, que também se apresentou no teatro, na abertura da 3ª Mostra e Música Autoral Velho Chico.

 

Convidada pelo filho a conhecer o evento, ela se declarou encantada. “Eu me surpreendi com a qualidade dos músicos, com a organização do Festival. A cidade histórica é linda e são muitas apresentações. Tem som para todos os gostos, mas a música é assim, de tocar a alma e o coração, porque são músicas belíssimas, bons músicos, um Festival de alto nível”, afirmou.

 

Alexandre Chaves, amigo do guitarrista Ricardo Lopes, estava pela primeira vez no evento. Se inicialmente foi para prestigiar o amigo, ele aproveitou a programação e curtiu a atmosfera. “Eu adoro música instrumental. Então, para mim, isso aqui é só uma consequência; sempre colo nos amigos que são mais chegados à música. Para mim, é uma expectativa muito boa de estar vivenciando isso. Já adorei as primeiras músicas e já estou vidrado aqui”, disse.

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