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Oficinas estimulam aprendizado e promovem intercâmbio cultural no Femupe

Aulasse estende até esta sexta-feira (20) e envolem instrumentos clássicos a percussão de rua

Jamerson Soares – jornalista / Fotos Allerson Jesus e Bruno Vieira

19 de outubro de 2023

Um pedaço da vila serrana Vouzela, município do Distrito de Viseu, em Portugal, está presente no Festival de Música de Penedo (Femupe). Sob a condução do maestro Pedro Serrano, a oficina Regência para Músicos de Banda (Nível 1) foi uma das 17 iniciadas nesta quinta-feira (19), em vários pontos do Centro Histórico da cidade ribeirinha.

 

Na oficina de regência, Serrano compartilhou algumas técnicas que podem ser desenvolvidas pelos participantes. “Técnicas para que todos possam melhorar as capacidades de cada um e irem evoluindo pouco a pouco. Tenho visto tantos concertos que já se iniciaram no Festival e vejo que todos estão com muita vontade de aprender. É uma partilha de conhecimento”, observou.

 

Sobre unir o fazer música em Portugal e no Brasil, o maestro diz que, embora a música seja uma linguagem universal, há sempre um toque característico do local. “É como se faz na comida. Cada localidade, cada terra, cada país tem o seu tempero, a sua forma de fazer música. Mas penso que nós conseguimos chegar aqui a um ponto de equilíbrio e eu estou com essa expectativa que vamos conseguir”, afirmou Serrano.

 

Um dos participantes da oficina foi o músico clarinetista da Banda do Corpo de Bombeiro Militar de Sergipe, Carlos Jeferson. Com uma perspectiva de promoção como regente, ele já está se dedicando aos estudos na área. “Sou músico militar e, na sequência da hierarquia, sou o próximo regente. Então, antes que chegue minha vez, eu já estou me precavendo e fazendo alguns cursos de regência. Infelizmente o tempo é muito curto; só são dois dias, mas vou tentar aproveitar o máximo possível”, disse.

 

Já José Pereira pode se considerar veterano em oficinas sobre regência. Esta é a terceira edição que participa. “A cada ano tem uma novidade. Desde pequeno estou envolvido com a música, no estilo da música clássica, por isso o interesse pela oficina de regência. Mas a música é a música, tanto no passado como hoje; só vai mudando a tecnologia”, observou.

 

Na edição deste ano do Femupe, as oficinas de instrumentos musicais tiveram 639 inscritos, um recorde em 14 edições. Até esta sexta-feira (20), saxofone, violino, trompa, trombone, trompete, percussão de rua, flauta transversal e violoncelo são algumas das opções do Festival, que também traz a cultura popular com a oficina de Coco de Roda, reforçando a multiplicidade de ritmos musicais numa verdadeira troca entre alunos, músicos e artistas.

 

Além de Portugal, que também participa do Festival com o Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (Cesem), da Universidade Nova, de Lisboa, também estão na programação pesquisadores e professores da Universidade de Bordeaux e músicos do Timbodé Percussivo, da França; e das universidades pedagógicas Smeam e Universidade Eduardo Mondlane, de Moçambique.

 

O Femupe acontece até o próximo sábado (21). Confira a programação em nosso site e acompanhe o evento em nossas redes @festival_musica_Penedo e @cemupemusicologia.

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