Oficinas foram oportunidades para músicos, estudantes e apreciadores de música
Qualidade técnica das atividades atraiu interessados de outros municípios e até outros estados
Fabiana Barros - jornalista / Fotos Roberta Brito
28 de outubro de 2024
O poder da música é tamanho que consegue reunir jovens, adultos e, no caso específico, em uma proporção menor, crianças e adolescentes. Esse foi o público que participou das oficinas totalmente gratuitas, ministradas por professores e músicos do Festival de Música de Penedo (Femupe). As atividades pedagógicas tiveram mais de 600 inscrições, e os participantes das oficinas destacam a importância do evento para quem faz da música um ofício, aprecia e se dedica a ela.
Geneson da Silva, que faz licenciatura em Música na Ufal e reside em Canindé do São Francisco-SE, participouda 15ª edição do Femupe, mas também fez parte de outras edições. “Acho simplesmente incrível, principalmente, para quem não tem condições. Digo isso porque são oficinas gratuitas, com profissionais renomados ede universidades. É uma oportunidade única para mim e para outros participantes que estão aqui”, comentou.
Uma das atividades de Geneson no Femupe foi participar da oficina de arranjo instrumental, ministrada por Victor Hugo da Rocha, da Bahia, no Centro de Cultura e Extensão Universitária (CEU) da Ufal. Para ele, a escolha foi assertiva, pois alcançou o objetivo de agregar mais conhecimento mesmo já atuando com música há 15 anos. “O ensino do professor, a simplicidade dele. Um modo de ensino diferente que contribui muito para quem acompanha”, disse.
A oficina de Arranjo instrumental também foi aprovada pelo músico da Orquestra Sinfônica de Sergipe e professor do Conservatório de Música de Aracaju, Jurandir Vanzella. Natural do Paraná e morador de Aracaju, Jurandir soube do festival por alguns amigos. “As aulas estão sendo maravilhosas. Vim principalmente para conhecer outros músicos, pensamentos, para que possa enriquecer cada vez mais a visão. Porque no caso de música, quanto mais você abre os seus horizontes, melhor é para a profissão. Você não pode se restringir a uma única visão. Então poder ampliar esse campo de visão é maravilhoso”, ressaltou. Ele começou a tocar desde os 6 anos de idade.
Com o Femupe, a taxa de ocupação na rede hoteleira do município lotou. Jurandir afirma ter tido dificuldade para encontrar hospedagem e comemora ter conseguido fazer a reserva, pois não conhecia Penedo e disse que a experiência está sendo “bacana” pelo aprendizado e pelo fato da cidade ser bonita.
Instrumento de trabalho
Elenilson José da Silva, de Feira Grande (AL), trabalha com educação musical e tem o violão como instrumento de trabalho. Ele se inscreveu na oficina de violão, ministrada pelo músico sergipano, Rodrygo Besteti, em busca de mais conhecimento e não tem dúvidas de que valeu se deslocar para participar do festival. “Cara, é incrível! O professor foi super gente boa, bem dinâmico. Todo mundo participa. A experiência foirica em conhecimento. A forma de trabalho do professor atende tanto o pessoal que está começando, como o pessoal mais experiente. Esse evento é maravilhoso! Eu não pensei que fosse dessa forma”, destacou.
Para Elenilson, um dos pontos relevantes da oficina foi a abordagem da parte histórica do instrumento. “Acredito que é muito importante saber um pouco mais sobre a história do violão, sobre alguns artistas famosos que influenciaram na música e também na formação em si do violão como instrumento e claro que a parte técnica”, comentou.
O Femupe é uma realização da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), por meio do Centro de Musicologia de Penedo (Cemupe) e da Pró-reitoria de Extensão e Cultura (Proexc). Para esta 15ª edição, a Universidade conta com a correalização do Sesc Alagoas, Prefeitura de Penedo e da Sociedade Montepio dos Artistas. O Sebrae-AL, o Instituto do Meio Ambiente (IMA-AL), a Aliança Francesa de Maceió, a Barkley Brazil e a Água Mineral Aldebaran são os patrocinadores.