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Pela primeira vez no Femupe, Maracatu Baque Alagoano leva ancestralidade às ruas de Penedo

O encontro de filarmônicas movimentou a manhã do último dia do Festival

Sandra Peixoto – jornalista / Fotos Roberta Brito

28 de outubro de 2024

Às margens do Rio São Francisco, na histórica cidade de Penedo, o grupo percussivo Maracatu Baque Alagoano iniciou um arrastão musical que marcou a sua primeira participação no 15º Festival de Música de Penedo (Femupe), sábado (26.10), agitando o último dia do evento. Puxado por um de seus fundadores, Rômulo Fernandes, o cortejo desfilou um repertório carregado de tradição.

 

“Quando o convite surgiu, a gente já vinha da preparação para agosto, mês do folclore. Então, a gente fez uma adaptação, porque uma coisa é fazer uma apresentação para palco, outra é fazer um cortejo. E o maracatu é essa caminhada que é o cortejo de coroação”, explicou Rômulo ao falar da preparação para “vir para cá e fazer a festa, se divertir e poder colaborar com o Festival”.

 

O esforço demonstrou ter valido a pena. O cortejo contagiava por onde passava e olhares atentos pareciam absorver cada batuque. Dentre eles estava o professor, musicista, pesquisador e pianista Antônio Eduardo, que participava do Femupe como oficineiro de pedagogia comum, trabalho sobre a música de vanguarda colocada dentro da musicalização.

 

“Quando se vê uma manifestação como essa, a gente observa o quanto a nossa cultura é diversa; o quanto os nossos ritmos ultrapassam o imaginário do que a gente possa imaginar como quadrado. Eu observei aqui, no Maracatu, o tempo e o contratempo dessa manifestação. Isso daí vem da cultura, vem da criatividade popular, da ancestralidade”, falou, admirado.

 

Outro que também estava curtindo o cortejo era o professor Léo Braga. Na cidade para participar do Femupe, ele acompanhava a programação do dia desde cedo. “Pela manhã, a primeira vez que vi os alunos passando e tocando foi espetacular. Eu sou professor e, influenciado pelo Festival, é algo que eu quero para a minha escola”, afirmou.

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