Professores apresentam trabalhos acadêmicos em Fórum de Educação Musical
Um dos destaques foi o mestrando Johnne Lendon Cardoso, que falou sobre sua pesquisa com música quilombola
Jamerson Soares - jornalista
28 de outubro de 2024
Professores de Alagoas e de outros estados, selecionados para participar do 7º Fórum de Educação Musical, apresentaram artigos científicos de suas pesquisas em desenvolvimento durante o Festival de Música de Penedo. O evento aconteceu na Casa da Aposentadoria, localizada no Centro Histórico da cidade.
Um dos destaques foi o professor Johnne Lendon Cardoso, de Pernambuco, mas que há sete anos mora em Arapiraca. Ele toca tuba há 13 anos, é mestrando na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e pesquisa a música quilombola e seus fundamentos, fazendo uma relação com a área educacional.
"O artigo que apresentei foi sobre a música e a cultura quilombola, tema esse que me acompanha desde 2013. É um tema que gosto bastante e que venho desenvolvendo, porque percebo que quanto mais pesquiso, mais ele se expande e que necessita de mais pesquisa", contou o professor.
Segundo a coordenadora do curso de Música da Universidade Federal de Alagoas, Ziliane Teixeira, a nova proposta este foi convidar professores para apresentar suas pesquisas, com o envio do trabalho no formato de resumo expandido. Ela também contou que sete trabalhos foram selecionados e serão utilizados para compor um livro, organizado por ela e por Marcos Moreira, com o selo Cemupe.
"Vamos tentar costurar essas temáticas bastante abrangentes dentro da educação musical. Tivemos aqui trabalhos dentro de cursos de desenvolvimento no curso técnico de Sergipe, com alunos do curso; uma apresentação de artigo a partir da música quilombol; um trabalho de Penedo sobre o uso da música na língua portuguesa como jogo também foi apresentado", explicou a coordenadora.
Para ela, o festival tem se consolidado em algo plural e democrático, com suas diversas plataformas e estilos dentro da educação musical.
"Não é um festival só cientifico e acadêmico, só de performance, só popular e erudito, ele é tudo. Então isso é muito bom porque consegue congregar esses fóruns de musicologia, afro, erudito, oficinas de musicalização infantil, oficinas de instrumento, voltadas para a comunidade, para quem é músico e para quem não é. Isso é relevante e muito bom, e a gente espera que só cresça, que permaneça assim", afirmou Ziliane Teixeira.
Lançamento de livros e documentário
Na mesma ocasião, houve também o lançamento de livros com o selo Cemupe e a publicação de um documentário de um aluno egresso de música sobre educação musical.
Foram quatro e-books lançados e já disponíveis: Eu sou da lira, não posso negar: Trajetórias de vida, memórias e políticas culturais nas bandas civis centenárias de Campos dos Goytacazes (RJ), de Karina Barra Gomes; Mulheres em Bandas de Música (de 1936 a 2013), de Marcos Moreira. Além de Diversidades de experiências no PibidUfal(2022-2024), organizado por Marcos Moreira, Maria Danielle Araújo Mota e Amaro Xavier Braga Jr; e Bandas de Música no Brasil - difusão e atuação em diferentes regiões, organizado por Fernandinho Cruz, Juliana Soares, Luiz Ipolito e Aurélio Nogueira de Sousa.