Quarta Mostra de Música Autoral Velho Chico apresenta os vencedores de 2025

Quatro cantores alagoanos representaram a música autoral do estado, na noite de sexta-feira (24), no palco do Teatro Sete de Setembro, localizado no coração da cidade de Penedo. Os trabalhos dos artistas passaram por uma rigorosa seleção da curadoria do Festival de Música de Penedo (Femupe)e foram classificados para serem apresentados ao público, que se envolveu e vibrou junto no local.

Do total de 40 inscrições para a 4ª Mostra de Música Autoral Velho Chico, cinco composições foram classificadas, porém quatro foram apresentadas, porque um dos compositores não apresentou a documentação exigida no edital.

A noite começou com o show do grupo de Saxofones da Universidade Federal de Alagoas (Sax Ufal), que celebrou dez anos de criação no palco do Teatro 7 de Setembro, com participação de docentes, discentes e egressos do curso de licenciatura em Música. Logo depois, foi realizada uma cerimônia de abertura com a participação da compositora e cantora penedense, Érika Kaya, evidenciando ainda mais o propósito do Festival em incentivar e abrir espaços para novos talentos locais.

Érika Kaya interpretou duas músicas, uma delas intitulada "Alvo" destacou as minorias sociais, alertando para a inversão de papéis de opressor e oprimido. A apresentação contou com a participação da musicista Wilma Borges, que tocou violão.

Acompanhados pela banda base composta por Milson Fireman e Fernando Tavares (baixo), Maglione Santos (bateria), Marcos Aurélio (teclado), Vanilson Coelho (saxofone) e Thiago Celmir (guitarra), os artistas da mostra autoral embalaram os ouvintes com fortes canções que retrataram a negritude, as minorias sociais, os sonhos de um futuro melhor, a ancestralidade, o pertencimento à cidade, um romance acabado e a saudade do amor que já se foi.

As quatro composições classificadas para a mostra foram as seguintes: "Pão e o Negro", de autorai do artista Rasputin; "A cidade dos sobrados", do cantor penendense Lito Di Santi; "Mente Insã", de Caio Rocha; e "A cor de Maceió", interpretada por Sherlly Moreno e composta por Kemesson Lemos.

"Foimaravilhoso, maravilhoso mesmo! Muita energia boa, positiva, como sempre. E foi surpreendenteno sentido deabrir ou dar o espaço às composições alagoanas e pra gente conhecer as nossas canções. Muitas músicas de gente de fora são mais tocadas e apreciadas, então o que fazemos aqui é colocar os artistas locais no lugar de protagonismo. É um espaço aberto para o público e para os artistas de Alagoas, para o público conhecer os artistas daqui. E eu acho isso essencial no Festival", declarou o coordenador da mostra, Vanilson Coelho.

A cantora Sherlly Moreno participou da mostra pela primeira vez e ficou emocionada ao ver que a plateia recebeu bem o ritmo da música. "Apresentar hoje foi muito incrível, fiquei intensamente arrepiada com tudo, a organização, os músicos, tudo experiente, tudo de boa qualidade. O Festival está de parabénspor dar mais oportunidades aos artistas da terra. Foi a minha primeira vez e espero vir nas próximas", disse ela, que tem 30 anos de carreira no ramo da música.

Ja o cantor Caio Rocha contou que se sentiu realizado porque seu pai também já apresentou em uma das edições da mostra. "Cantar aqui foi incrível, tive uma sensação de realização, afinal, meu pai já participou da segunda mostra do evento. E foi algo que eu já tinha estabelecido para mim como artista: fazer parte da mostra autoral. Foi uma sensação muito boa, gostei muito da organização. Fiquei nervoso, mas é sempre bom ter esse sentimento e desaguar no palco", destacou o artista.

Realização

O Femupe é uma realização da Ufal, por meio do Centro de Musicologia de Penedo (Cemupe) e da Pró-reitoria de Extensão e Cultura (Proexc),da Universidade Federal de Alagoas (Ufal),da Prefeitura de Penedo, da Astec, do Sesc-Alagoas e da Fundepes, compatrocínio do Sebrae Alagoas.

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