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Números positivos dão o tom da 14ª edição do Festival d e Música de Penedo

Foram 33 oficinas, 23 atrações musicais entre concertos, recitais, shows e apresentações e seis atividades acadêmicas

Simoneide Araújo e Sandra Peixoto - jornalistas

24 de outubro de 2023

O Festival de Música de Penedo (Femupe) se despede de mais uma edição repleta de atividades para além do ambiente científico e acadêmico. Foram cinco dias de intensa programação que transformou a cidade ribeirinha em centro musical e cultural com oficinas, fóruns, palestras, workshops e fóruns, sem esquecer dos desfiles e cortejos musicais e das apresentações nacionais e internacionais que subiram aos palcos do evento.

 

A programação com 62 atividades proporcionou aos participantes uma rica e diversificada experiência, incluindo desde os acordes clássicos de Bach, Handel, Vivaldi à cultura popular do Côco de Roda, além das bandas de pífano e da musicalidade indígena. A busca pela garantia da acessibilidade também foi um dos pontos fortes do evento.

 

Pela primeira vez, o Festival contou com a presença de intérpretes de Libras, inclusive nas apresentações instrumentais, reafirmando a universalidade da música. O evento também inclusivo ao promover a oficina Musilibras - Música além do som, voltada à comunidade surda e a intérprete de Libras

 

Para o coordenador-geral do Femupe, Marcos Moreira, a cada ano a equipe do Festival vai procurando ampliar as possibilidades para oferecer o melhor ao povo penedense, ao alagoano e às pessoas que visitam a cidade. “Fizermos um esforço enorme para garantir que a programação proposta para este ano fosse realizada. Foi muito difícil, mas conseguimos realizar um grande festival internacional. Estamos no páreo para ser o maior festival do Nordeste”, disse o professor.

 

E completa: “Mas é importante fazer um reconhecimento público porque o Festival é um projeto da Universidade Federal de Alagoas, mas sozinhos não conseguiríamos realizá-lo. Quero destacar que o apoio do nosso reitor Josealdo Tonholo foi primordial, inclusive para conseguir o importante apoio do governo do estado. Quero também registrar a parceria, o apoio e a disposição da Prefeitura de Penedo, nossa grande parceira. E, aqui, faço um agradecimento especial ao prefeito Ronaldo Lopes e toda sua equipe, especialmente à secretária de Cultura, Tereza Machado”.

 

O Femupe é uma correalização da Ufal, da Prefeitura de Penedo e do governo de Alagoas. “Sem esses três órgãos juntos, nada disso seria possível. Com essa união, conseguimos manter uma programação diversa que reuniu vários públicos e pudemos oferecer música boa, atividades acadêmicas e, principalmente, contribuir para formação de novos músicos”, destacou Moreira.

 

Sobre a formação de novos músicos e capacitação de veteranos, este ano, o Femupe ofereceu 33 oficinas de vários instrumentos – sax, violino, violoncelo, trompa, trombone, trompete, tuba, clarinete, flauta transversal, bateria, trompete popular, violão brasileiro e gaita – e de arranjo, regência para músicos de banda, coco de roda, percussão de rua – com professor da França, luteria, técnica vocal, musilibrase outras mais.

 

Em relação às atrações musicais, foram mais de 20 atividades, incluindo shows, concertos, recitais e apresentações. Artistas nacionais e internacionais deram o tom e levaram o público ao delírio em todas as noites do Festival. Egberto Gismonti, Geraldo Azevedo, Leo Gandelman e Eric Almeida, Grupo de Sax da Ufal, Hércules Gomes, o maestro pernambucano Mozart Vieira e a Orquestra de Meninos de São Caetano, Iberian Ensemble e Duo Rudá Porang, ambos de Portugal, e Sexteto de Cordas da Ufal. Sem falar no desfile das bandas de música ocorrido no sábado (21), último dia do Festival.

 

Uma atração à parte foi 2ª Mostra de Música Autoral Velho Chico. No Palco Penedo, instalado no Largo da Igreja de São Gonçalo, foram apresentadas as 16 composições finalistas e reuniu talentos de Alagoas, Bahia e Sergipe.

Para cuidar de cada detalhe para que o Festival acontecesse, foi montada uma equipe de cerca de 40 profissionais e 20 monitores, que atuaram em várias frentes. A produtora executiva do Festival, Anna Rodrigues, ressalta o compromisso de cada integrante da equipe e a dedicação dos monitores, alunos da Ufal, que dão todo suporte às atividades acadêmicas e oficinas.

 

Divulgação em tempo real

 

Toda a programação do Femupe pôde ser acompanhada em tempo real, graças ao trabalho de uma equipe de 15 profissionais, distribuídos em três equipes: produção de matéria para o site do Femupe (textos e fotos), redes sociais e Rádio Ufal, que levou ao ar o programa Sons do Velho Chico e o Boletim Femupe.

 

Durante a semana do Festival, a Rádio Ufal transmitiu, ao vivo, toda programação cultural, a partir das 17h até o final da última atração. Foram mais de 20 horas no ar, com uma média 30 entrevistas – no estúdio instalado no primeiro andar do Teatro 7 de Setembro e direto de onde os shows aconteciam, o Palco Penedo, no Largo da Igreja de São Gonçalo. Foram mais de 20 flashes gravados durante o dia e, o melhor, está tudo disponível no site da rádio.

 

A divulgação em tempo real foi feita pelo Instagram do Festival. Foram mais de 400 postagens, entre feed e stories.

Agora, a coordenação do evento já está se preparando para 2024, que terá a segunda edição na Europa, em Portugal e França, e a 15ª edição em Penedo. Até lá!

 

Feira da Música

 

A Femupe também promoveu mais uma edição da Feira da Música, montada no Largo da igreja de São Gonçalo, bem próximo palco Penedo. O início foi lá em 2019, com a participação de empresas parceiras, que montaram um espaço no evento para promover negócios, produtos e serviços na área da música. Os expositores foram La Musica, importadora brasileira da fabricante argentina Gonzalez Reeds; Barkley: marca brasileira; Loja Femupe e o escultor de madeira: artesão New Francis, discípulo de descendente da Escola de Santeiros do Penedo.

 

Nesta edição de 2023, A feira da Música contou com vendas de produtos do Festival como canecas, ecobags e camisetas; venda de livros e publicações do Centro de Musicologia de Penedo (Cemupe), venda de esculturas em formato de instrumentos musicais esculpida por artesões da 6ª geração de santeiros da Cidade histórica de Penedo. Foram cinco dias e conseguiu comercializar quase R$ 7 mil.

 

Segundo a coordenadora da Feira, Lailla Brito, o negócio da música está repleto de profissionais. São autores, artistas, técnicos, produtores, empresários, profissionais liberais, além dos veículos de comunicação. “Existem empresas que fornecem produtos e serviços, órgãos e entidades que regulam e fiscalizam o setor. Essa cadeia de pessoas, processos, produtos e serviços – além do público consumidor – forma o que se chamamos de indústria da música, uma indústria limpa, não poluente, talvez um pouco barulhenta, mas que gera renda e emprega milhares de pessoas no mundo inteiro”, reforçou.

 

E completa: “A feira é um espaço de convergência de interesses mútuos, que, de forma democrática e criativa, promove, estimula a exposição e a venda de produtos, troca de informações e conhecimento, intercâmbio, circulação e geração de negócios para o setor musical. Foi criada com o objetivo de agregar e fortalecer os atores da cadeia produtiva da música, dinamizando negócios na área da economia criativa.”

 

Confira abaixo fotos de algumas das oficians realizadas no Femupe este ano

MÍDIA

ANEXOS

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